Quero fazer filmes que desafiem o seu entendimento sobre o mundo.
Escrevendo o primeiro agora.
Desde criança, sempre quis mudar o mundo, criando uma sociedade mais saudável, mais próspera e com mais liberdade para todos. Mas então percebi que não podemos mudar o mundo sem primeiro mudar corações e mentes. E é por isso que faço filmes.
Se eu puder explorar alguns dos maiores problemas que envolvem o comportamento humano, problemas que têm secretamente assolado a nossa civilização há milénios, mas o fazendo de forma bem sutil, sob uma rica experiência cinematográfica, repleta de ideias e sentimentos que nunca pensou ou sentiu, serei bem sucedido.
Um garoto mestiço dos anos 90, e de um casal de hippie e punk viciados em drogas e profundamente empobrecidos, que foi deixado por um aos 3 anos de idade, que começou a vida sem eletricidade e sem gás de cozinha onde a mãe cozinhava com álcool numa latinha e a panela apoiada por dois tijolos, que teve que dormir na rua e morou em um puteiro de cinco reais a diária aos 10 anos de idade, que viajou metade da costa brasileira aos 12 anos de idade, descendente de indígenas e de escravos espanhóis, que sobreviveu 15 anos de violência doméstica, mais de 7 anos de problemas de saúde, negligência médica e abandono, e 3 anos de bullying, sofreu discriminação de classe, abuso policial, que comprou seu primeiro computador trabalhando como tatuador de henna sob o Sol escaldante nas praias de Ilhabela aos 14 anos e, sem câmera, começou a aprender fotografia por meio de um simulador de fotografia on-line e adquiriu um domínio de classe mundial da língua inglesa usando o Google Translate na Internet discada. Se você olhou para a minha foto e introdução e pensou “homem branco privilegiado”, o meu primeiro desafio ao seu entendimento sobre o mundo está completo — de nada.
Essa projeção não poderia estar mais longe da verdade.
Ainda assim, ao longo dessa jornada bagunçada, consegui algumas coisinhas positivas:
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1997 • Aprendi a surfar aos 4 anos, observando os surfistas da areia e pegando emprestado suas pranchas, o que me levou a ser destaque em uma revista de surf;
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1998-2000 • Quase consegui oficialmente a faixa amarela tanto em Capoeira quanto em Jiu-Jitsu, aos 5 e 7 anos, respectivamente. As razões pelas quais “quase” são moderadamente interessantes;
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2005 • Aluno número 1 em uma competição seleta para os melhores alunos de toda a escola na 4ª série;
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2006 • 3º melhor aluno de matemática em toda a escola na 5ª série (abaixo de apenas dois alunos do ensino médio);
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2007 • 2º melhor velejador iniciante de Optimist do Estado de São Paulo aos 14 anos, conquistando alguns troféus e medalhas e me classificando para o campeonato brasileiro (do qual, infelizmente, não pude participar porque minha mãe não tinha condições de pagar a viagem), graças a uma escola pública de vela em Ilhabela. Não ir ao campeonato brasileiro foi muito doloroso porque a vela era muito importante para mim;
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2006-2012 • Atuei em mais de 12 peças de teatro, em 4 cidades, 3 balés, e foi indicado como Melhor Ator Coadjuvante no Mapa Cultural Paulista 2011;
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2011-agora • Tornei-me guitarrista e compositor nas horas vagas, primeiro aprendendo a usar um violão barato que outro hippie me emprestou por um mês, depois com uma guitarra elétrica barata que minha mãe me deu de presente aos 18 anos, que eu tocava plugando no meu computador usando um adaptador de P10 para P2, usando simuladores de amplificador de guitarra gratuitos através das caixinhas de computador e aprendendo músicas por meio de tablaturas. Ainda não produzi ou lancei nenhuma de minhas músicas;
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2019 • Top 15 no quadro de líderes globais do Speller Challenge do curso CS50 da Universidade Harvard.
Há mais na minha história, ela é bastante incomum e mais dolorosa do que você pode imaginar, uma história de resistência e superação, mas, no fundo, sempre fui e sempre serei um curioso aprendiz de cinema, comunicação, comportamento humano e o mundo; um contador de estórias, músico e solucionador de problemas nato; um colaborador; e um amante do mar. Por fim, um realista, com uma boa dose de otimismo, que nunca desiste.
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